quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

33 anos de Vida ?? Qual vida ??

Existem datas que são de reflexão, e não quero aqui refletir sobre o "ANIVERSÁRIO", pois não é isto que norteia a vida dos cristãos que pesquisaram um pouquinho e viram que nada tem haver com cristandade o fato em si, porem querendo eis uma boa fonte"http://historia.abril.com.br/alimentacao/origem-bolo-aniversario-453995.shtml.

E falo assim pelo fato de, como somos seres humanos, em muitas coisas, e alguns acham que em todas as coisas, nos movemos pelos símbolos; alguns dos encontrados na "Festa de ANIVERSÁRIO" devem ser melhor observados quanto a sua origem, tais como o Bolo, as velas - em sua quantidade e fumaça - enfim professe você uma religião ou não, não faça nada apenas por fazer e sim busque o por que.

Depois de fazer um pouco do sugerido acima restou pra mim, mesmo que alguns nem com isso concordem, o simbolismo de que aniversário pelo menos é "Um Marco", e isso hoje, é o que conta pra mim, pois serve para que eu venha fazer uma viagem em datas como a de hoje, 24 de Fevereiro de alguns outros anos, e ja se contam 33 datas destas em minha vida.

Primeiro o que me atinge os pensamentos é a brevidade da vida sobre o que muitas vezes em datas passadas como essa não tive consciência, jogando fora oportunidades, desperdiçando tempo em coisas que em nada contribuiriam para formação de um ser humano, mais isso atribuo ao fato de não ter a compreensão do quanto estes MARCOS,correm e se passam em uma velocidade tremenda, a Bíblia diz no sl.144.4 e Ecl. 12.6

" O homem é como um sopro; os seus dias, como a sombra que passa"


"A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra, quando a sua corrente de prata se arrebenta, ou como um pote de barro se despedaça quando a corda do poço se parte"

No primeiro, temos a brevidade da vida, no segundo, temos a certeza que um dia acaba; diante disso o que temos feito com esses dias que antecedem estes MARCOS? São só 365 de um para o outro? Qual tem sido nosso foco diante dessa brevidade e finitude que é a vida humana?

Para os que são cristãos que estão a ler, ainda quero colocar outra meditação que devemos fazer, que é: estes dias estão sendo vividos para QUEM ou, se preferir, por QUEM? Se tomarmos como base o que o texto de Paulo que diz: "...se é que com que Ele, morremos certeza é que com Ele viveremos.."(parafraseando). Isso nos dá uma pista que esses poucos dias NÃO DEVERIAM SER OCUPADOS com coisas que só satisfazem nosso ego, ganância, presunção, isso é se todos esses dias que separam estes MARCOS (365) eu tive a minha VIDA como centro, não terei nada para COMEMORAR HOJE e sim de me envergonhar, pois "ERREI O ALVO" assim sendo quem sabe me entende (pequei).

Queria antes de encerrar com um texto específico e Bíblico, que vissem estas declarações históricas sobre a Brevidade da Vida:

"Tendo descortinado uma pequena parte da vida, os homens erguem-se e desfazem-se como fumo, sabendo apenas o que cada um conheceu".
Empédocles, 483-430, filósofo grego, em Da natureza, de Sexto Empírico.


"O tempo é de uma voragem tremenda; assim que uma coisa nos é trazida à vista, logo é dela e varrida, e outra toma o seu lugar, antes de também ela desaparecer".
Marco Aurélio, 121-180, imperador e filósofo romano, Pensamentos"


"Todos os instantes de tempo são pontos perdidos na eternidade. Tudo é insignificante, facilmente mutável, tudo se apaga."
Marco Aurélio, 121-180, imperador e filósofo romano, Pensamentos


"Insignificantes mortais que como folhas desabrocham e se aquecem de vida, e se alimentam do que a Terra lhes dá, para logo murcharem e morrerem."
Homero, século IX a. C., poeta grego, Ilíada."


"A nossa existência é um curto-circuito de luz entre duas eternidades de escuridão".
V. Nabokov, 1889-1977, escritor de origem russa, Na outra margem da memória"


"A curta duração das nossas vidas proíbe grandes voos às nossas esperanças".
Horácio, 65-8 d. C., poeta romano, Odes."

É, parece que todos aqueles que tiveram um pouco mais de tempo de contemplar esse pequeno espaço de tempo que passamos neste, que o apóstolo Pedro chamou de "Tabernáculo de Carne" isto é nosso corpo corruptível se depararam na rapidez dos MARCOS.

Retomando de onde paramos antes de lermos essas pérolas históricas sobre a brevidade, passarei agora para algo de cunho mais digamos teológico que vai se misturar com que ja foi dito. Espero que você que é Cristão, ou tem Deus, nem uma coisa nem outra continue lendo e analise comigo dois textos da Bíblia: Sl.39.4,5.

" Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.
Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade."


Quantas verdades nessa pequena conversa de Davi com seu Deus, desejo de saber qual a SOMA, dos seus dias perante o SENHOR,e que surpresa Ele teve ao entender o quanto é breve e frágil a vida. E maior surpresa ainda é quando resolvemos fazer o que Davi fez, que é isto que pretendo fazelo aqui neste texto e durante todo este dia.

A nossa conta de quantos dias, em todos estes que separam os marcos ou que se juntam todos eles, no meu caso 33 anos, em quantos realmente vivemos aquilo que professamos pro Senhor são tão pouco que QUANDO PEDIMOS COM SINCERIDADE PRA ele ANALIZAR E OUVIMOS A RESPOSTA QUE É DADA AO NOSSO ESPÍRITO, vemos que na maioria das vezes o comprimento desta vida com nosso Deus que muitas vezes julgamos ser quilômetros,milhas,ou mesmo metros, não passam no caso de DAVI,de alguns palmos; em meu caso pequenos centímetros (penso Eu)se é que pelomenos estes existem, só o Senhor o sabe...

O que vale então é que lembremos de uma coisa que paulo fez questão de ressaltar viver ou morrer deve ser para o Senhor... Nunca pra nós...pois o próprio salomão ainda disse todo o tempo que viveu pra ele mesmo, satisfazendo suas vontades e delirios que alma podia ter ...Correu a traz do vento...Nada mais que isso.

Que hoje esse texto sirva para mim conscientizar de uma coisa esse MARCO que hoje chamo de aniversário, tem uma função de me lembrar o quanto destes 365 dias vivi com o Senhor , tendo Cristo como o centro, se o Espírito me falar de alguma coisa nem que seja centímetros, ai tenho muito o que me alegra e continuar com ajuda dele, pedindo pra que naquilo que cresci Ele me ajude a não regredi.

E também perceber destes dias, meses e anos quantos vivi tendo minha vontade como o centro ai tenho que chorar e me lamentar pedindo misericórdia pois passou mais um ano e neste ponto OU NAQUELE em nada avancei, assim só me resta pedir pra que assim como Ele o Senhor ja me levou a crescer e permanecer nos pontos em que por sua misericórdia eu possa me alegrar, que O mesmo me ajude a estes outros 365 dias que marcarão o próximo MARCO, Ele possa me dar graça pra me arrepender e "ERRAR MENOS O ALVO".

Espero que nesta data que o Senhor Jesus estava finalizando a vontade do pai para sua etapa aqui no seu corpo de carne Eu pelo menos inicie.

Esta pequena meditação serviu para mim e serviu para você que leu...amém, se não torça ou ore por mim.


Fontes:
http://www.meaningsoflife.com/Brevidade-Vida.htm

Bíblia sagrada revista e corrigida

Bíblia sagrada na linguagem de hoje


Chico...Cristo em nós é a Esperança da glória.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Jano e a origem do Reveillon


Na mitología romana, Jano, era um deus representado por uma figura com uma face voltada pra trás (passado) e outra pra frente (futuro). A sua face média era desconhecida, pois que era tida como o nexo, o momento exato da passagem do que foi para o que virá. Era o porteiro celestial responsável por abrir as portas para o ano que se iniciava, por isso é conhecido como "Deus das Portas". Também era o deus das indecisões, pois na mitologia se o encontra-se uma cabeça falava uma coisa e a outra cabeça falava outra coisa. Existem, no entanto, em alguns locais, representações daquele deus com quatro faces.

Jano é exceção no panteão romano, visto não haver seu correlato entre os gregos. Tampouco o encontramos nas mitologias indo-européias, e seu surgimento está envolto na aura da incerteza. Uns dizem que nasceu em Cítia, na Ásia Menor; outros, que seja proveniente de Perrébia, cidade da Tessália, região da Grécia. Algumas versões o fazem filho de Apolo e Creusa, filha de Ereteu, um dos reis de Atenas. Entretanto há semelhanças entre o deus etrusco Ani e Jano. Na mitologia etrusca Ani era o deus do céu, residindo na sua parte mais elevada e, algumas vezes, retratado com dois rostos. 

Efígie de Jano Bifronte em denário
 romano de bronze, moeda corrente
no séc. II a.C.
A lenda conta que quando jovem, Jano teria seguido pelo mar Tirreno até as terras que hoje são a Itália, acompanhado por uma extensa frota. Aportando, seu exército fez várias conquistas e Jano construiu sua cidade, Janícula. Daí passaria a reinar no Lácio. Saturno, destronado por Júpiter e expulso do céu, vendo-se obrigado a viver no exílio, buscou inicialmente abrigo no Lácio, onde foi bem recebido por Jano. Profundamente agradecido, ao partir, abençoa seu anfitrião com o dom da mais alta prudência, conferindo-lhe o poder de ver o passado e o futuro ao mesmo tempo. Por esse motivo, os romanos cunhavam a efígie de Jano em sua mais antiga moeda, o asse, ora representando-o imberbe, ora barbudo,  as vezes uma face feminina e outra masculina, raramente de corpo completo, mas sempre com dois rostos numa mesma cabeça, voltados para direções opostas, de modo que suas faces nunca se olham. Uma delas pode ver somente o passado, conquanto a outra antecipa o porvir. Escavações arqueológicas encontraram moedas com Jano bifronte tendo em seu reverso a proa de um barco, em menção ao domínio que os romanos lhe atribuíam, já que o consideravam introdutor dos barcos e do comércio. 

Cícero (106-43 a.C.) associa o termo jano ao verbo ire (ir) e ressalva que os caminhos públicos romanos eram chamados de jani. Outras fontes associam-no à palavra janua, a significar “portas em forma de arco”, ou “aquilo que abre e fecha”, estando a guardar não só as portas das casas e cidades, como também os portais do céu. Nesta condição, Jano sustenta dois símbolos, a chave e o báculo, com os quais os porteiros fechavam e defendiam as entradas das cidades. Jano preside tudo o que se abre, é deus tutelar de todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha, sendo patrono de todos os finais. Por sua dupla função, recebeu dos romanos dois epítetos principais, Jano Patulcius, ou “aquele que abre”, e Jano Clusius, ou “aquele que cerra”. Neste aspecto estava relacionado às guerras, posto que anunciava seus começos e seus términos, relação que teria surgido provavelmente durante o episódio do rapto das Sabinas. 

O segundo rei de Roma, sobretudo, prestigia Jano e resolve construir-lhe o já citado templo. Consta que seus templos permaneciam abertos enquanto durassem os conflitos, para somente serem fechados em tempos de paz, numa tradição que perdurou até o século IV d.C. O Templo de Jano, erguido em Roma na região do Fórum, teria permanecido fechado por longos anos durante o pacífico reinado de Pompílio; uma vez reaberto, só voltou a ser cerrado após a segunda guerra púnica, e por mais três vezes, com distintos intervalos, já no reinado de Augusto. Por volta de 700 a.C. faz alteração no calendário de Rômulo, de referencial lunar. O ano até então tinha apenas 304 dias, divididos por dez meses; começava no equinócio primaveril, em Martius (março), e os meses seguintes eram Aprilis, Maius e Junius; daí em diante vinham os numéricos: Quintilis, 5º mês, Sextilis, o 6º, September, o 7º… até December, o 10º mês. Numa Pompílio, observando as imprecisões desta contagem, incluiu dois meses no ano romano, elevando para 355 seus dias, e batizou os novos meses de Januarius, em homenagem a deus Jano, e Februarius, em menção às festas com este nome. 

Até que Júlio César, encomendando os trabalhos do sábio Sosígenes, astrônomo de Alexandria, em 46 a.C., resolve corrigir novamente o calendário, passando a adotar o ano solar com período de 365 dias e ¼, sistema este mais preciso que o anterior, que só seria aprimorado em 1582 pela reforma gregoriana. César rebatizou o mês Quintilis com o nome de Julius, numa homenagem a si mesmo; transferiu o equinócio de primavera para 25 de Março, e determinou, através de um decreto, que o ano começasse em 1º de janeiro ( Dia do Ano-novo), fazendo jus à divindade bifronte capaz de estar entre o tudo e o nada, olhando concomitantemente o passado e o futuro. 
Apesar da determinação dos romanos, outros povos já comemoravam algo como o fim de ano ou ano novo.